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Empregabilidade e Comportamento Profissional #8
Paulo Panesi - Colunista
Professor de Gestão, Palestrante, Escritor e Mestrando em Desenvolvimento Regional e Sistemas Produtivos (CEFET/RJ). Especialista em Logística, Marketing e Recursos Humanos Mais de 30 anos de experiência em liderança, em empresas como Xerox do Brasil, Polaroide, Benedict Tachem Verlag do Brasil, FAME, etc. Mais de 8 anos como coordenador dos cursos de gestão e jovem aprendiz no SENAC. Na área educacional trabalhou no SENAC, SENAI, UNIGRANRIO, Simonsen, Universidade Católica de Petrópolis e Fundação Bradesco. Possui 11 livros publicados, sendo 3 deles livros técnicos na área de Logística e Recurso Humanos.
O que é Competência?
Muitos acham que tem, alguns buscam incessantemente, uns poucos a tem, há aqueles que tem mas não sabem usar e outros nunca terão.
Competência no mundo do trabalho e fazer exatamente o que se espera de você, nem mais e nem menos. Alguns ainda a conceituam como: o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) necessários ao desempenho das funções exercidas pelos profissionais de uma determinada organização, visando o alcance dos objetivos das mesmas.
O conhecimento é o ato de perceber ou compreender por meio da razão e/ou da experiência, a habilidade é a qualidade que cada individuo tem de executar uma determinada tarefa, e a atitude é o posicionamento que toma diante do dia a dia e como executa os seus conhecimentos e habilidades.
Ser competente é fácil? Se fosse não teríamos tantos incompetentes atuando nas organizações no dia a dia. É incrível, pois competência é tão complexa que existem até inúmeros incompetentes que tem a competência de fazer com outros os achem competentes e até crescem nas instituições. Até que se dê conta de como são incompetentes eles conseguem prejudicar a muita gente e tolher o encarreiramento de muitos mais competentes que eles.
Para que você seja considerado competente existem muitos parâmetros que podem ser usados. Destreza na execução de uma determinada tarefa, atingimento de metas sejam quantitativas ou monetárias, cumprimento de prazos, etc., ou todos os itens somados. Algumas empresas possuem inclusive questionários e formulários que ao serem preenchidos determinam a competência do colaborador. Nenhum critério, no entanto, é infalível já que competência não é universal.
Continuamos com um impasse, como sei se estou sendo competente? Não sei responder. Competência também tem muito a ver com a expectativa de quem nos lidera e do que espera de nós a organização para a qual trabalhamos.
Competência tem a ver com eficácia. Posso ser capaz e mesmo assim não ser eficaz. Capacidade tem a ver com os meios e eficácia com os fins. Vamos ver como isso se apresenta: contratei um pintor para pintar minha casa e disse a ele que me mudaria tal dia. Também informei que precisava que tudo estivesse terminado no dia anterior, pois embora a tinta usada fosse antialérgica, meus filhos tinham problema como cheiro, pois ela não era inodora. Quando cheguei com a mudança ele ainda estava lá dando os retoques finais. A pintura era digna de um virtuoso, sem nenhum senão, mas pergunto: Ele foi eficiente, capaz? Ele foi eficaz? Ele consequentemente foi competente? Eficiente e capaz com certeza ele foi, pois o trabalho dele era perfeito, mas não foi eficaz, pois não cumpriu o prazo, não atendeu as minhas especificações. Consequentemente não foi competente. Se capaz de fazer alguma coisa não garante competência, por mais perfeito que a sua capacidade permita que o trabalho seja feito. É importante que as expectativas sejam atendidas caso contrário não haverá competência.